Viajar com animais requer cuidados especiais
Médica veterinária fala sobre medidas de segurança com os pets em viagens longas no final do ano
O recesso de fim de ano se aproxima e, com esse período, as viagens para recompensar o trabalho e sair da rotina. Para quem tem cães e gatos e não abre mão de passar momentos especiais com seus bichinhos, é importante tomar atenção a detalhes para garantir que a trajeto seja seguro para os animais e mais leve para os tutores.
Coordenadora do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera, a professora Janaína Duarte, alerta para os principais pontos para planejar um passeio. “Antes de tudo, deve-se verificar se as vacinações estão em dia e se o seu pet precisa de algum medicamento específico ou vacina requerida pelo local de destino”, alerta a profissional, que também ressalta a importância da atualização de documentos.
Tutores devem ter em mãos o atestado sanitário do seu bicho de estimação, certificante de que o animal está em boas condições de saúde e atende às medidas definidas pelos órgãos públicos, além da carteira de vacinação. A documentação é imprescindível até mesmo para trajetos feitos em veículo próprio. Em caso de viagem internacional, o comprovante de chipagem também é necessário.
“Uma dica importante é colocar informações de identificação na coleira, como nome e telefone dos donos. Essa medida vale para o dia a dia, mas torna-se indispensável em locomoção para destinos distantes”, lembra a docente.
Caixa de transporte
Além de ser uma exigência em companhias rodoviárias e aéreas, uma viagem de carro se torna mais segura quando o pet está acomodado em uma caixa de transporte confortável. O Código de Trânsito Brasileiro não permite que animais fiquem entre as pernas do passageiro ou nos bancos de veículos, assim como em caçambas de pick-ups e caminhonetes.
“Podemos fazer com que um cachorro se familiarize com a caixa algumas semanas antes do passeio, por exemplo”, indica a professora. “Basta colocar brinquedos e acostumá-lo a esse ambiente, assim o percurso será mais tranquilo”, afirma Janaína. A mesma técnica se aplica a felinos e outros pets não convencionais, como coelhos, por exemplo.
A docente indica, também, que o trajeto deve conter paradas planejadas, para que os seus bichinhos possam fazer suas necessidades (urinar e defecar) e tomar água. Segundo a médica veterinária, o ideal é que os animais parem de se alimentar 3 horas antes da partida. “Assim, são menores os riscos do seu cão ou gato ficarem enjoados e você chega a seu destino sem grandes problemas”, completa.